A HISTORIA DA ALEMANHA ...

Alemanha
Porquê Alemanha?
É o país dos nossos ascendentes, foi lá que nasceu, em 1786, o Sr. JOHANN GEORG SCHWINN (no final, leiam fatos da Alemanha na época da Familia SCHWINN), e por volta de 1820 decidiu que viria para o Brasil com a família, portanto aqui relatamos algumas informações ...

Alemanha (nome oficial: República Federal da Alemanha, em alemão: Bundesrepublik Deutschland, é um país localizado na Europa central, membro fundador da União Européia, membro da NATO e do Grupo dos Oito. O país é limitado a norte pelo Mar do Norte, pela Dinamarca e pelo Mar Báltico, a leste pela Polónia e pela República Checa, a sul pela Áustria e pela Suíça e a oeste pela França, Luxemburgo, Bélgica e os Países Baixos.

A região conhecida como Germânia, historicamente habitada por vários povos germânicos, foi conhecida e documentada antes de 100 d.C.. Desde o século X, os territórios alemães formaram a parte central do Sacro Império Romano, que durou até 1806. Durante o período, no século XVI, as regiões do norte da Alemanha tornaram-se o centro da Reforma Protestante. A definição de Estado-nação para a Alemanha é recente, o país foi unificado pela primeira vez durante a Guerra Franco-prussiana em 1871. Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em dois estados, nas linhas de ocupação dos aliados em 1949.

Desde a Reunificação em 1990, o estado alemão é uma república federal parlamentarista com 16 estados federais (Bundesländer) e cerca de 82 milhões de habitantes. É um dos países com a maior densidade populacional da Europa e a principal potência econômica do continente. Desde 1995 a Alemanha participa do Acordo de Schengen. Sua capital é Berlim e a língua nacional oficial é o alemão.

Mais algumas informações:

m 1990, depois de longo período de divisão, a Alemanha recuperou a unidade com a reintegração da República Democrática Alemã

Bundesrepublik Deutschland
República Federal da Alemanha
Lema: Einigkeit und Recht und Freiheit
(Português: "União e Justiça e Liberdade")
Gentílico: alemão

Localização da Alemanha (em verde escuro)
No continente europeu (em cinza escuro)
Na União Européia (em verde claro)

 

Capital: Berlim
52° 31' N 13° 24' E
Cidade mais populosa: Berlim
Língua oficial: Alemão Governo: República Federal
Área: 357.050 km² Fronteira: França, Bélgica,
Luxemburgo, Países Baixos,
Dinamarca, Polônia, Rep.Theca,
Austria, Liechtenstein e Suiça
População(2007): 83.438.000 hab Per capita: US39.650 USD
Formação: Sacro Império Romano Germânico 843d.c. (Tratado de Verdun); Unificação 18.01.1871; República Federal 23.05.1949(RFA) e 07.10.1949 (RDA); Reunificação Alemã 03.10.1990
Entrada na União Européia: 25.03.1957

A História de um país:

m 1990, depois de longo período de divisão, a Alemanha recuperou a unidade com a reintegração da República Democrática Alemã (RDA ou Alemanha oriental), constituída após a segunda guerra mundial, à República Federal da Alemanha (RFA ou Alemanha ocidental). Desse modo, o novo estado alemão reafirmava sua posição de grande potência demográfica e econômica no centro da Europa.
A República Federal da Alemanha (o país reunificado conservou essa denominação) ocupa uma superfície de 357.050km2, incluindo o território da antiga Alemanha oriental. Limita-se ao norte com a Dinamarca e os mares do Norte e Báltico; a leste com a Polônia, pela linha fluvial do Oder e do Neisse; a sudeste com a República Tcheca; ao sul com a Áustria e a Suíça; e a oeste com a França, Luxemburgo, a Bélgica e os Países Baixos. O país se compõe de 16 estados federados autônomos denominados Länder (no singular, Land).

Geografia física
Geologia e relevo.

o ponto de vista do relevo, o território alemão faz parte de um conjunto mais amplo que se estende por toda a área centro-européia. De fato, não existem fronteiras naturais bem diferenciadas com os países vizinhos, a não ser na parte meridional. São três as regiões naturais em que se divide o território: a planície setentrional, a região dos maciços centrais e a área alpina.

Planície setentrional.
região norte, parte da planície setentrional européia, compreende os Länder de Schleswig-Holstein, Mecklenburgo e Baixa Saxônia; os pequenos estados de Bremen e Hamburgo; a parte norte-ocidental da Renânia do Norte-Vestfália; e a parte setentrional da Saxônia-Anhalt e Brandenburgo. Essa planície se formou em decorrência da erosão e da sedimentação derivadas das glaciações quaternárias. De grande importância agrícola e mineira (especialmente por seu gás natural), essa região caracteriza-se por acidentes que rompem a monotonia da planície.

Os cursos dos rios Weser, Aller, Elba, Havel, Spree e Oder seguem parcialmente o leito de antigos vales, formados pela fusão da calota glacial e orientados em linhas paralelas de sudeste para noroeste. No leste de Schleswig-Holstein e em Mecklenburgo, o terreno ondula-se ligeiramente e forma as chamadas colinas bálticas, constituídas por sedimentos procedentes das morenas (acumulações de pedra e barro) glaciais. Outras colinas mais baixas se estendem pelas zonas ocidental e meridional da planície, onde existem algumas terras de loess (sedimentos da era glacial que formam solos muito férteis).

No setor setentrional da região, assim como no oeste de Schleswig-Holstein e na Baixa Saxônia, estende-se um terreno arenoso e ondulado em que abundam os pântanos turfosos. No litoral do mar do Norte aparecem os Marschen, bancos arenosos cuja configuração se assemelha à dos pôlderes holandeses. As ilhas Frísias setentrionais e orientais formam um cordão litorâneo paralelo a esses bancos de areia.

Maciços centrais (Mittelgebirge).
s montes Weser e a floresta de Teutoburgo são as primeiras elevações que limitam, em direção ao sul, a planície setentrional. Com eles se inicia a grande região central, constituída por um conjunto de maciços separados por depressões fluviais. O Hesse, o Palatinado Renano, o Sarre, a Turíngia, a parte meridional da Renânia do Norte-Vestfália, da Baixa Saxônia, da Saxônia-Anhalt e da Saxônia, assim como a parte setentrional da Baviera e de Baden-Württemberg, encontram-se dentro dessa variada e compartimentada região.

Os maciços característicos da região se formaram em conseqüência dos dobramentos hercinianos, originados durante a segunda fase da era paleozóica. Mais tarde, por efeito da erosão, as montanhas se transformaram num planalto ondulado. Este se fraturou em conseqüência da orogenia dos Alpes, que deu origem a soerguimentos chamados Horst e a fossas tectônicas.

No sudoeste da região encontra-se o maciço granítico da floresta Negra, que continua ao norte com o Odenwald; ambos formam a abrupta vertente oriental do vale do Reno. A oeste estende-se o maciço xistoso renano Schiefergebirde, cujos principais blocos (Eifel, Hunsrück, Westerwald e Taunus) são separados pelos vales dos rios Reno, Mosela e Lahn. No curso alto de Weser, os maciços de Rhön e Vogelsberg apresentam marcas de fenômenos vulcânicos do período terciário. No centro do país encontra-se o maciço do Harz e na direção leste alinham-se a floresta da Turíngia e os montes Metálicos (Erzgebirge). No leste da Baviera erguem-se as florestas da Boêmia e da Baviera.

Sulcam esse conjunto de maciços diversas bacias sedimentares e corredores, que em geral procedem de fossas tectônicas surgidas durante a orogenia alpina. Além da bacia do Reno, as mais importantes são as da Suábia e da Francônia, regiões históricas situadas respectivamente em Baden-Württenberg e no norte da Baviera, atravessadas pelos rios Neckar e Meno (Main). Entre a bacia do Reno e o vale do Danúbio, a sudeste, erguem-se os Jura da Suábia e da Francônia, mesetas calcárias com pronunciadas encostas cobertas de florestas.

Alemanha alpina e subalpina.
região alpina e subalpina se estende pelo sul do país, a leste do lago Constança e ao sul do Danúbio, nos Länder da Baviera e de Baden-Württenberg. A cordilheira alpina propriamente dita só ocupa uma pequena faixa na fronteira com a Áustria, onde forma três conjuntos diferenciados de oeste para leste: os Alpes da Argóvia (Aargau), que margeiam a bacia do Iller; os Alpes bávaros, onde fica o Zugspitze (2.964m), ponto culminante da Alemanha; e os Alpes de Berchtesgaden, no extremo sul-oriental do país. Nessas regiões a paisagem é tipicamente alpina, com grandes lagos e vales de origem glacial. As formações montanhosas se compõem de dobramentos de sedimentos calcários da era mesozóica e não alcançam as grandes altitudes da vertente central austríaca e suíça.

Ao norte das montanhas estende-se uma zona subalpina conhecida como planalto bávaro, região fria com cerca de 500m de altitude média, cuja morfologia é de tipo glacial, com abundantes morenas originadas na glaciação alpina quaternária.

Clima.
omo toda a região centro-européia, a Alemanha tem clima de transição entre o atlântico (temperaturas suaves, chuvas abundantes e regulares) e o continental (temperaturas baixas no inverno e menos umidade), este último próprio da Europa oriental. O caráter temperado do clima se observa numa amplitude térmica relativamente limitada: a temperatura média oscila entre 20o C em julho e 0o C em janeiro. Contudo, a continentalidade se manifesta na queda gradual das temperaturas médias em direção ao leste e também no sul, no planalto bávaro, onde os invernos são rigorosos.

As precipitações procedem das massas de ar atlântico que penetram pelo oeste e pelo noroeste. Embora o nível de chuvas seja regular ao longo do ano, a influência do anticiclone continental (zona de alta pressão atmosférica) durante o inverno determina uma menor quantidade de precipitações nessa estação. Apesar da relativa homogeneidade climática do território, é possível distinguir certa variação de oeste para leste e de norte para sul, com precipitações maiores nos litorais setentrionais e nas regiões ocidentais; e condições climáticas temperadas no centro, bem como progressivo esfriamento no sul e no sudeste, em conseqüência da altitude e da continentalidade.

Hidrografia.
exceção do Danúbio, que flui de oeste para leste até desembocar no mar Negro, os demais grandes rios da Alemanha correm de sul para norte. Todos eles são caudalosos e regulares e constituem importantes vias de comunicação fluvial, cujo tráfego é incrementado pela densa rede de canais que os une.

No extremo setentrional do país, em Schleswig-Holstein, a porção alemã da península da Jutlândia apresenta riqueza hidrográfica inferior à da parte dinamarquesa. O canal do imperador Guilherme ou de Kiel, no entanto, supre a carência de cursos fluviais e serve de ligação entre as costas do mar do Norte, nas proximidades da desembocadura do Elba, e o litoral báltico.

O Elba, o Weser, o Ems e o Reno deságuam no mar do Norte. O Elba, procedente da Boêmia, na República Tcheca, liga as cidades de Dresden, Magdeburgo e Hamburgo. O Weser nasce na floresta da Turíngia e o Ems na de Teutoburgo. Ambos apresentam coloração escura, decorrente da existência de turfeiras em suas cabeceiras, e correm lentamente até as desembocaduras. O canal de Mitteland, na Baixa Saxônia, constitui a principal artéria fluvial da região, sulcada por muitos canais que formam uma rede de comunicação entre o Ems, o Weser, o Aller (afluente do anterior), o Elba e o Oder.

Reno nasce no maciço de São Gotardo, nos Alpes suíços, atravessa o lago Constança, faz a fronteira da Alemanha com a Suíça na direção leste-oeste e com a França de sul para norte; em seguida penetra em território alemão, passando por Espira (Speyer), Mannheim, Mogúncia (Mainz), Bonn, Colônia (Köln) e Düsseldorf, para finalmente desembocar no litoral holandês do mar do Norte. Por conseguinte, liga quatro nações -- Suíça, França, Alemanha e Países Baixos --, permitindo a navegação até Basiléia, na Suíça. Além disso, a criação de um amplo sistema de canais possibilitou o acesso, a partir do Reno, a outros grandes cursos fluviais, como o Elba, o Danúbio, o Ródano e o Marne. Em torno do Reno e de seus importantes afluentes (Neckar, Meno, Sarre, Mosela, Lahn e Ruhr) desenvolveram-se grandes centros urbanos, núcleos industriais, zonas agrícolas e minas.

O Danúbio, que se origina da confluência de dois pequenos rios procedentes da floresta Negra, o Brigach e o Breg, percorre os planaltos subalpinos de oeste para leste, pondo em comunicação a Alemanha com a Áustria e a Hungria com a Romênia, mas sua importância comercial é inferior à do Reno. Ao longo de seu curso alemão recebe as águas do Altmühl e do Naab, pela vertente setentrional, e as do Iller (em Ulm, a partir de onde o Danúbio se torna navegável), do Lech, do Isar e do Inn pelo lado sul, a partir das vertentes alpinas.

Oder determina a fronteira com a Polônia, país em que fica sua foz. Seu principal afluente em território alemão é o Neisse. A ação dos fenômenos glaciais sobre a planície setentrional determinou a formação de numerosos lagos, como o Müritz, o Mecklenburgen e o Schwerin, e de pequenos cursos fluviais.

Flora e fauna.
alto desenvolvimento industrial, agrícola e urbano da Alemanha contribuiu para modificar e, em alguns casos, degradar o ambiente vegetal. A vegetação natural se diferencia segundo a altitude das regiões. No litoral setentrional existe uma flora pobre, composta por espécies herbáceas e arbustos, como a urze e outras ericáceas. Mais para o sul, a planície alemã apresenta espécies arbóreas (faia, olmo, freixo, bétula e abeto). Nos maciços centrais, os bosques originais de espécies de folhas caducas (faia, carvalho) foram em parte substituídos pelo reflorestamento com coníferas (pinheiro, abeto, cedro). Os bosques se situam sobretudo nas zonas montanhosas e disso decorre o nome "floresta" (Wald em alemão), com que se identificam alguns desses maciços. A faixa alpina apresenta vegetação típica de montanha, com pradarias, arbustos e bosques.

A fauna alemã, em grande medida conservada em parques e em reservas biológicas, também sofreu um contínuo processo de degradação que provocou a extinção de algumas espécies, como o urso pardo, o lobo e o bisão. Também correm risco de desaparecimento o lince, nos Alpes, e o gato montês. As espécies típicas da Europa central que se acham conservadas são a lebre-dos-alpes, o cervo, o cabrito montês, a camurça, o javali e diversos roedores, aves e répteis.

População
Alemanha é o segundo país da Europa em população, superado apenas pela Rússia. A afluência à zona ocidental de alemães de outros pontos do país e de imigrantes de diferentes nacionalidades, assim como a tendência ao estancamento do crescimento vegetativo, têm sido as principais características da evolução demográfica.

A maior parte da população descende de diversos grupos germânicos que se estabeleceram na região centro-européia no primeiro milênio antes da era cristã. Esses grupos partilhavam a mesma língua, embora expressa em muitos dialetos, mas apresentavam características étnicas heterogêneas que se acentuaram ao longo da história em conseqüência da fusão com outros povos, como os celtas e os eslavos. Na moderna Alemanha, as diferenças humanas e lingüísticas das várias regiões se atenuaram, embora a prolongada divisão política tenha gerado certas peculiaridades culturais que distinguem os alemães do leste daqueles do oeste. A chegada de imigrantes à Alemanha ocidental na segunda metade do século XX compensou as perdas humanas ocasionadas pela segunda guerra mundial, estimadas em cerca de três milhões de pessoas, na maioria jovens do sexo masculino. Além da população de origem germânica, convivem na antiga Alemanha ocidental diversas minorias étnicas de nacionalidade alemã, como judeus, eslavos e dinamarqueses, assim como franceses descendentes dos huguenotes fugidos de seu país no fim do século XVII. Os trabalhadores imigrantes, chegados à Alemanha sobretudo nas décadas de 1960 e 1970, eram principalmente turcos, iugoslavos, italianos, gregos, espanhóis e portugueses.

a Alemanha oriental, que constituiu um país autônomo de 1949 a 1990, as perdas humanas provocadas pela guerra foram compensadas com o ingresso de vários milhões de alemães expulsos da Polônia, da Tchecoslováquia e da Hungria. Contudo, as dificuldades econômicas derivadas do pagamento das indenizações de guerra e da política de coletivização estimularam o movimento migratório para a Alemanha ocidental, calculado em 1,7 milhão de pessoas.

A interrupção do crescimento da população e mesmo a redução desta se incluem entre as características mais notáveis da evolução do país nas últimas décadas do século XX, tanto na zona ocidental como na oriental. Isso se traduz num envelhecimento da população, isto é, no aumento dos grupos de idade mais alta em relação à população jovem, em conseqüência dos baixos níveis de natalidade e do prolongamento da expectativa de vida.

Cidades principais.
utra característica específica da estrutura demográfica alemã é a concentração em cidades. Entre os numerosos núcleos populacionais predominam as cidades de tamanho médio, exceto nas bacias do Ruhr e do Reno, onde se formaram verdadeiros complexos urbanos, e na zona de Berlim.

Na Baviera, no sul do país, destaca-se Munique (München), a capital do Land, que apesar da devastação sofrida durante a guerra conservou valiosos tesouros da arte medieval. Munique abriga um dos mais importantes museus europeus de ciência e tecnologia. Nas imediações da cidade ficam algumas das mais conhecidas indústrias cervejeiras do mundo. Outras cidades importantes dentro do mesmo Land são Nuremberg, Augsburgo e Ratisbona (Regensburg).

oeste da Baviera encontra-se Baden-Württemberg, cuja capital, Sttutgart, se situa na bacia do Neckar, ao pé da floresta Negra. É uma florescente cidade industrial com numerosas fábricas de produtos eletrônicos e automóveis. No mesmo estado ficam Mannheim, grande porto fluvial, e Heidelberg, sede da primeira universidade alemã.

No Palatinado Renano encontram-se os núcleos urbanos de Mogúncia (Mainz), a capital, de Coblença (Koblenz) e de Ludwigshafen. A capital de Hesse, Frankfurt-sobre-o-Meno (Frankfurt am Main), tornou-se um próspero centro industrial e financeiro, além de representar um dos pontos nevrálgicos das comunicações terrestres e aéreas de toda a Europa.

principal cidade da Renânia do Norte-Vestfália, o Land com maior concentração populacional, é Colônia (Köln), um dos grandes centros industriais do país. A cidade, de grande importância histórica, tem fábricas de automóveis, de produtos químicos e de perfumaria. Outras cidades importantes são Bonn, sede do governo federal da Alemanha ocidental até a reunificação e capital provisória da Alemanha unificada, e Aachen (a antiga Aix-la-Chapelle), sede da corte imperial de Carlos Magno. Em torno das instalações mineiras e industriais da bacia do Ruhr, desenvolveu-se um extenso conglomerado urbano formado por cidades como Düsseldorf, Essen, Duisburgo, Dortmund, Solingen, Wuppertal e Krefeld.

Na planície setentrional, Hannover, capital da Baixa Saxônia, é centro de uma importante região agrícola e mantém notável atividade industrial. Por sua vez, Bremen, na desembocadura do Weser, e especialmente Hamburgo, situada no estuário do Elba, baseiam sua atividade econômica no tráfego de mercadorias e passageiros de seus grandes portos.

erlim, capital oficial da Alemanha, é a maior cidade do país. De 1961 até 1989 esteve dividida por um muro de cimento e arame farpado que separava a zona de intervenção soviética da parte ocidental, correspondente ao espaço ocupado pelos exércitos americano, britânico e francês ao fim da guerra.

Na zona oriental do país destacam-se as cidades de Magdeburgo (centro da indústria pesada), Dessau, Halle (metalurgia e indústria química), Leipzig (antigo centro comercial) e Dresden (indústria mecânica e eletrônica). Nos montes Metálicos encontram-se Chemnitz (Karl-Marx-Stadt durante a existência da Alemanha oriental) e Zwickau. Outros núcleos industriais de menor envergadura são Erfurt, Weimar, Gotha e Jena, na floresta da Turíngia, no sudoeste, e Rostock, importante porto da costa do Báltico.

Economia

divisão da Alemanha, ocorrida ao fim da segunda guerra mundial, tornou necessária uma reestruturação da atividade econômica nos dois estados. A Alemanha ocidental realizou um esforço exemplar para a reconstrução, de forma que, na segunda metade do século XX, o país se situava entre as primeiras potências econômicas do mundo. O chamado "milagre alemão", tão espetacular quanto o que se produziu no Japão depois da guerra, criou um padrão de desenvolvimento sustentado que se manteve, com algumas flutuações, até a primeira valorização da moeda, o marco alemão (Deutsche Mark), ocorrida em 1961. Um novo período de crescimento terminou em 1973-1975, quando se produziu uma recessão internacional em conseqüência da forte alta dos preços do petróleo. Na década de 1980, e mesmo depois da reunificação, a economia da região ocidental do país continuou a ser uma das mais vigorosas do mundo.

Alemanha oriental, em contrapartida, sofreu maiores prejuízos econômicos em conseqüência da guerra e da ocupação soviética, ao que se somou a interrupção dos vínculos industriais e comerciais que essa zona do país havia tradicionalmente mantido com as regiões da Alemanha ocidental. Contudo, a partir de 1954, quando a União Soviética permitiu a suspensão do pagamento das indenizações de guerra e cedeu ao governo as empresas criadas após o conflito, a economia alemã oriental cresceu com grande ímpeto e o país se tornou um dos mais industrializados do mundo. No entanto, o sistema de planificação centralizada se mostrou insuficiente para sustentar o crescimento econômico e no fim da década de 1980 a economia alemã oriental manifestou os sintomas de uma profunda crise, como aconteceu em outros países do bloco socialista. Depois da unificação das duas Alemanhas, surgiram graves problemas para a modernização das instalações industriais e para a adaptação das infra-estruturas econômicas ao sistema de mercado imperante na Alemanha ocidental.

Agricultura e pecuária.
a segunda metade do século XX, apesar da pobreza de seus solos, a Alemanha conseguiu incrementar notavelmente o rendimento do setor agropecuário, tanto no leste como no oeste. O motor desse desenvolvimento foi a introdução de avançados recursos técnicos e mecânicos, complementados, no caso da Alemanha oriental, pela criação de cooperativas de produção e comercialização e pela concentração fundiária. No período em que existiu o estado alemão oriental, a atividade agropecuária dessa parte do país sofreu intensa transformação, em conseqüência da socialização das grandes propriedades, da fixação de preços pelo governo, do fornecimento de maquinaria agrícola para as coletividades agrárias e da criação de cooperativas de produção. Os resultados, positivos no início, não foram suficientes para impedir uma crescente disparidade produtiva frente à agricultura de mercado da Alemanha ocidental.

Os principais produtos agrícolas do país são a beterraba (destinada à fabricação de açúcar), a batata e os cereais (trigo, aveia, cevada e centeio). É importante a pecuária bovina, suína e ovina. A frota de pesca alemã, que opera nos pesqueiros do mar do Norte, da Groenlândia, da Islândia e do Labrador, obtém um volume de pescado que, apesar de importante, é insuficiente para abastecer o mercado interno.

Mineração e indústria.
prosperidade econômica da Alemanha ocidental no pós-guerra se baseou sobretudo no grande desenvolvimento industrial. Durante os vinte primeiros anos de existência do estado, as principais atividades produtivas foram a extração de carvão, ferro e outros minerais, assim como a indústria siderúrgica. A situação começou a modificar-se a partir dos últimos anos da década de 1960, quando se tornaram evidentes o esgotamento ou a perda de rentabilidade de algumas regiões mineiras do país. Desde então, o papel de motor do desenvolvimento econômico passou para as indústrias de transformação, cuja produção se tornou uma das mais importantes do mundo pela qualidade e avançada tecnologia.

Entre as atividades que passaram a segundo plano, embora sua importância ainda seja considerável, estão a extração de hulha (nas regiões de Ruhr, Sarre, Aachen e bacia de Zwickan), de linhito (Baviera, Hesse, Colônia, Saxônia e Magdeburgo) e de minério de ferro (Baixa Saxônia). Em Stassfurt, a leste do Harz, extraem-se potassa e sal-gema. A indústria siderúrgica (localizada principalmente nas bacias do Sarre e do Ruhr), que se desenvolveu muito na época nazista, atingiu alto grau de tecnologia e diversificação. Na zona oriental destaca-se o centro de Eisenhüttenstadt, no vale do Oder.

m setor industrial que goza de notável prosperidade é o dos produtos químicos (medicamentos, preparados fotoquímicos, corantes). A Renânia do Norte-Vestfália e o Hesse são as regiões em que se concentra a maior parte desse setor produtivo, dominado principalmente pelos grandes consórcios das empresas Bayer, Hoechst e BASF. Os vales do Elba (Dresden, Magdeburgo), do Saale (Leipzig, Halle) e do Mulde (Dessau, Bitterfeld) são importantes regiões siderúrgicas do leste da Alemanha.

A metalurgia de transformação constitui outro setor fundamental da indústria alemã. Nele se incluem as indústrias naval e aeronáutica e, predominantemente, a indústria automobilística. No fim do século XX, os principais fabricantes de automóveis eram a Volkswagen, a Opel (General Motors), a Daimler-Benz e a Bayerische Motoren Werke (BMW).

m exemplo da grande capacidade e diversidade da economia alemã é também a indústria elétrica, caracterizada pela constante renovação tecnológica e pelo volume de exportação. Siemens, AEG, Osram, Telefunken e Grundig são os nomes de algumas das grandes empresas que estenderam o prestígio do país por todo o mundo.

Atividade financeira, comércio e comunicações. Depois do isolamento de Berlim, o grande centro comercial e financeiro da Alemanha antes da guerra, a atividade financeira da Alemanha ocidental se concentrou progressivamente em Düsseldorf e, sobretudo, em Frankfurt-sobre-o-Meno, cidade em que se instalaram a sede do Deutsche Bundesbank (Banco Federal Alemão) e das principais instituições bancárias. A influência dessas duas cidades nos mercados de capitais e divisas chegou a ultrapassar o universo econômico europeu.

nte a necessidade de importar grandes quantidades de matérias-primas, a Alemanha ocidental empreendeu com êxito a conquista dos mercados internacionais mediante a exportação de produtos elaborados de alta qualidade e prestígio. Outros fatores que contribuíram para situar a RFA num dos primeiros lugares do comércio mundial foram a competitividade de seus preços, a modernização dos sistemas de venda e a capacidade do empresariado. As exportações de produtos manufaturados, destinadas sobretudo à Comunidade Econômica Européia (CEE) e aos Estados Unidos, permitiram cobrir folgadamente a importação de petróleo, produtos alimentícios, minerais e têxteis.

A República Democrática Alemã, por sua vez, orientou seu comércio para os países socialistas, especialmente a União Soviética, embora tenha também desenvolvido um intenso intercâmbio com a Alemanha ocidental. Suas principais exportações se constituíram, igualmente, de produtos industriais como tecidos, filmes e papéis fotográficos, relógios, máquinas fotográficas, linhito e potassa.

o ponto de vista histórico, o desenvolvimento industrial alemão se deveu em grande medida à criação e à progressiva ampliação de uma rede de comunicações extraordinariamente densa e bem articulada. Na década de 1990, a rede fluvial, com vários milhares de quilômetros de canais e rios navegáveis, permitia atender ao transporte de aproximadamente um terço do comércio exterior. A malha ferroviária era também muito ampla, mas sua exploração se revelava deficitária ante a forte concorrência dos outros meios de transporte e, em particular, da magnífica rede de estradas e autopistas pelas quais circulava um enorme e crescente tráfego de pessoas e mercadorias.

Por último, cabe citar a importância dos portos marítimos de Bremen, Hamburgo, Kiel e Rostock e dos aeroportos de Frankfurt-sobre-o-Meno, Düsseldorf e Berlim.

História
ovos germânicos da antiguidade.
Os limites étnicos e lingüísticos do território alemão ficaram mais ou menos definidos em relação ao Império Romano a partir da criação da província da Gália por Júlio Cesar, em 51 a.C. Com Augusto, a margem ocidental do Reno e a meridional do Danúbio se estabeleceram como fronteiras do império.

Durante o século III ocorreu a união das tribos germânicas ocidentais em três grandes grupos: os saxões, os francos e os alamanos, cuja hostilidade a Roma obrigou imperadores como Diocleciano, Constantino, Juliano e Valentiniano a fortalecer as fronteiras do Reno. No leste, outra grande tribo germânica, a dos godos, começou a ameaçar a fronteira do Danúbio a partir do ano 238.

oi ao longo do século IV que se processou a onda de invasões germânicas sobre o Império Romano, em conseqüência da pressão exercida pelos hunos, povo procedente da Ásia. Simultaneamente, a influência da civilização romana começava a consolidar-se em muitos dos povos germânicos, os quais, em meados do século, adotaram a religião do império, o cristianismo, ainda que principalmente na versão herética do arianismo.

A vitória dos godos em Adrianópolis (mais tarde Edirne, na Turquia), em 378, acarretou o início da queda do Império Romano. Em 410, os visigodos de Alarico saquearam Roma e em seguida se estabeleceram no sudoeste da Gália e em quase toda a Espanha. Enquanto as províncias romanas eram invadidas pelas hostes germânicas, o território da atual Alemanha foi ocupado pelo efêmero império huno de Átila, entre os anos 434 e 453. Depois da vitória dos gépidas (tribo germana do leste) sobre os hunos no rio Nedao (ou Nedad), na Panônia, em 455, a Alemanha foi ocupada pelas confederações de saxões e alamanos.

Domínio franco e império carolíngio na Alemanha.
reino franco instaurado por Clóvis no fim do século V estendeu sua influência sobre a área centro-européia durante os dois séculos seguintes, em conseqüência de uma série de campanhas militares dirigidas contra os turíngios da Alemanha central e os saxões e bávaros do sul. Embora a dinastia merovíngia nunca tenha dominado completamente a Alemanha, sua preponderância política e militar revelou-se determinante para obter o assentamento dos povos germânicos.

No fim do século VII, Pepino de Herstal impôs o domínio da Austrásia, região mais germânica do reino merovíngio, sobre todos os territórios francos, que haviam perdido a unidade depois da morte de Dagoberto I. Os senhores da Austrásia, e mais tarde os reis francos da dinastia carolíngia, estenderam o poder político e religioso à maior parte das tribos da Alemanha, à exceção dos saxões do norte. Nesse processo de assimilação, foi especialmente importante a atividade dos missionários anglo-saxônicos, entre os quais se destacou são Bonifácio.

reinado de Carlos Magno (768-814) estendeu o aparelho administrativo e religioso do reino franco às regiões alemãs da Saxônia, da Suábia e da Baviera. Depois de empreender uma série de campanhas contra os eslavos e os ávaros, Carlos Magno foi proclamado imperador de Roma em 800, com o que assumia a responsabilidade política sobre o império do ocidente, desvinculado de Constantinopla.

O filho e sucessor de Carlos Magno, Luís I o Piedoso, deixou o império dividido entre três de seus próprios filhos, Carlos, Luís e Lotário. Pelo Tratado de Verdun, de 843, Lotário manteve o título imperial e assumiu o poder sobre os territórios compreendidos entre a Francia Occidentalis, de Carlos II o Calvo, e a Francia Orientalis (Alemanha), de Luís II o Germânico. Pela primeira vez, os diferentes povos germânicos ficavam submetidos a um soberano único e próprio, ainda que as pretensões dinásticas deste não se limitassem ao território alemão. O Tratado de Meerssen, firmado em 870, depois da morte de Lotário II, ampliou o território da Francia Orientalis, que ficou definida entre os limites do Mosela e do Escalda (antes pertencentes à Lotaríngia), a oeste; os Alpes, no sul; e o Elba e os maciços boêmios, a leste. Em 880, o Tratado de Ribermont destinou a Lotaríngia aos filhos de Luís II o Germânico.

arlos III o Gordo, filho de Luís II o Germânico, herdou a coroa imperial e restabeleceu a unidade carolíngia em 884, mas depois de sua deposição, em 888, o império voltou a desagregar-se. Durante os efêmeros reinados de Arnulfo de Caríntia e Luís o Infante, o território alemão foi assediado pelas incursões de normandos, eslavos e magiares, o que favoreceu o processo de feudalização e decomposição do poder real que se estava produzindo em toda a Europa ocidental.

De maneira geral, foram os antigos funcionários carolíngios que assumiram o poder nos numerosos ducados, marcas (regiões fronteiriças fortificadas) e principados eclesiásticos que surgiram entre o fim do século IX e o começo do X.

Sacro Império Romano-Germânico.
morte de Luís o Infante, em 911, coincidiu com a extinção do ramo oriental da dinastia carolíngia. Depois do reinado de Conrado I da Francônia, em 919 os nobres desse território e da Saxônia elegeram Henrique I rei de Saxe-Turíngia, que pouco a pouco obteve o reconhecimento de suábios e bávaros por seus méritos militares nas campanhas contra eslavos, húngaros e normandos. Em 962, Oto I, seu filho e sucessor, coroou-se imperador em Roma, depois de haver repelido os eslavos até o Oder, na batalha de Recknick (955).

Ao longo do século X, a influência cultural de Roma e Constantinopla se fez evidente na casa de Saxe, da qual alguns imperadores, como Oto II e Oto III, fixaram residência na Itália. Em 1024, a eleição de Conrado II iniciou a época dos imperadores francos sálios (ou sálicos). Conrado II incorporou a Borgonha ao império, até então composto pela Alemanha e a Itália, e fortaleceu a centralização administrativa. O domínio sobre a Igreja se incrementou no reinado de Henrique III, quando os pontífices passaram a ser designados pelo imperador. Contudo, a reação da igreja não se fez esperar (questão das investiduras). Os papas Nicolau II e Gregório VII recuperaram algumas das atribuições do pontificado e finalmente, em 1122, a questão das investiduras se resolveu mediante a concordata de Worms, pela qual o papa Calisto II obrigou o imperador Henrique V a aceitar o preenchimento dos cargos eclesiásticos pela hierarquia religiosa. Isso contribuiu para acelerar a feudalização e o enfraquecimento do poder imperial na Alemanha.

o século XII, as lutas entre os guelfos, partidários do papa, e os gibelinos, defensores da casa de Hohenstaufen, instaurada em 1138 com a eleição do imperador Conrado III, cederam lugar a uma época de esplendor econômico e cultural durante os reinados de Frederico I Barba-Roxa e Henrique VI. Depois de um novo período de guerras entre os guelfos de Filipe da Suábia e os gibelinos de Oto IV, a coroação de Frederico II, em 1215, representou a consolidação da autonomia territorial por parte dos príncipes alemães. Na primeira metade do século XIII iniciou-se também o processo de desenvolvimento urbano, favorecido pelas rotas comerciais da Itália e de Flandres e pela expansão da colonização alemã em direção ao leste da Europa.

Depois do "grande interregno alemão", de 1250 a 1273, constituiu-se uma ordem de príncipes eleitores encarregados de designar o sucessor imperial. Durante a primeira metade do século XIV, os imperadores alemães interessaram-se mais em aumentar os patrimônios familiares do que em impor seu poder sobre as forças autônomas do império. A perda dos territórios italianos e a pressão da França, a oeste, estimularam a colonização do leste, o que, com as conquistas da Ordem Teutônica, provocou o deslocamento das fronteiras germânicas até a Rússia.

A atomização política do império alemão chegou ao clímax no século XV. Os conflitos religiosos (revoltas dos hussitas), a ameaça turca e a derrota da Ordem Teutônica na Polônia favoreceram a desordem e a insegurança nos diferentes territórios alemães. Contudo, no fim do século, o imperador Maximiliano, da poderosa casa de Habsburgo, empreendeu uma política de unificação administrativa.

Alemanha na Idade Moderna.
urante os séculos XVI, XVII e XVIII desenvolveu-se a identidade nacional alemã, mas se cristalizou também a divisão política do país. A eleição de Carlos V como imperador pôs a Alemanha na órbita das grandes transformações econômicas e culturais da Idade Moderna. Os banqueiros e comerciantes das famílias alemãs Fugger e Welser financiaram o empreendimento imperial de Carlos V, em cujos domínios (Espanha, América, Nápoles, Sicília, Países Baixos, Borgonha, Áustria, Alemanha) se iniciou o primeiro processo de acumulação capitalista na Europa.

O autoritarismo do imperador contribuiu para aproximar muitos príncipes alemães das teses religiosas de Martinho Lutero, cujo movimento reformador autorizava a intervenção do estado em assuntos religiosos e a secularização dos bens eclesiásticos. Lutero deu forma definitiva à língua alemã escrita, fixando-lhe as normas em suas obras. A divisão religiosa e política da Alemanha se institucionalizou depois da paz de Augsburgo, em 1555, pela qual o imperador Carlos V permitiu aos príncipes a imposição das crenças religiosas de cada um deles aos súditos de seus respectivos estados.

a segunda metade do século XVI, a Contra-Reforma católica impulsionada por Filipe II da Espanha se estendeu à Baviera e à Renânia. Simultaneamente, a Alemanha conheceu um período de estagnação econômica em virtude da decadência das cidades do norte (a Hansa) e da ruína dos banqueiros que financiavam a política da monarquia espanhola.

A divisão religiosa da Europa, acentuada com a propagação do calvinismo, manifestou sua dimensão política por ocasião da guerra dos trinta anos (1618-1648), cujo campo de batalha foi a Alemanha. Em 1648, a paz de Vestfália consagrou o princípio da autonomia plena dos mais de 300 estados imperiais e determinou a perda de diversos territórios para a Suécia e a França.

crise econômica ocasionada pela guerra começou a ser superada no fim do século XVII. O título imperial, transformado em mero cargo honorífico, ficou adstrito à casa de Habsburgo, enquanto os estados alemães passavam a adotar as práticas absolutistas inspiradas na monarquia francesa. O aperfeiçoamento e a modernização do aparelho estatal foram especialmente notáveis no ducado de Brandemburgo, que no século XVIII se transformou no reino da Prússia. O grande eleitor Frederico Guilherme e o rei Frederico Guilherme I prepararam o caminho para Frederico II o Grande (que reinou de 1740 a 1786), autêntico déspota esclarecido que converteu a Prússia numa potência européia, tanto no aspecto político e militar como no econômico. Durante o século XVIII, a eficiência do exército prussiano se fez notar em duas guerras que envolveram toda a Europa: a da sucessão da Áustria (1740-1748) e a dos sete anos (1756-1763).

Dominação francesa e processo de unificação.

ntre 1792 e 1805, os exércitos revolucionário e napoleônico impuseram o controle francês a todo o território alemão, dividido entre a Confederação do Reno, a Áustria e a Prússia. Em 1806, Francisco II declarou a dissolução do Sacro Império e proclamou-se imperador da Áustria. Nos anos seguintes, a dominação francesa estimulou o aparecimento da consciência nacional alemã, especialmente na Prússia, onde os ministros de Frederico Guilherme III, inspirados nas idéias da revolução, empreenderam importantes reformas administrativas e econômicas. A partir de 1813, as guerras de libertação reuniram os alemães num esforço comum contra o invasor. A Prússia, aliada à Rússia e à Áustria, venceu a França em Leipzig em outubro desse mesmo ano; em fevereiro do ano seguinte as tropas do marechal Gebhard Leberecht de Blücher entraram em Paris.

O Congresso de Viena de 1815 substituiu o Sacro Império por uma Confederação Germânica composta de 35 estados e quatro cidades livres, estruturada em torno da Dieta (assembléia de representantes) de Frankfurt-sobre-o-Meno. Desde o princípio, a Áustria e a Prússia entraram em conflito por suas ambições hegemônicas sobre a confederação, ainda que concordassem em manter a divisão política e em reprimir os movimentos liberais e nacionalistas.

a primeira metade do século XIX, disseminaram-se pela Alemanha os ideais românticos, que buscavam no passado medieval a essência da nação germânica. Os estudos históricos e lingüísticos contribuíram para reforçar o nacionalismo, especialmente ativo nas universidades do país. Contudo, foram as necessidades de desenvolvimento econômico que aceleraram o processo de unificação. A industrialização da Prússia e de outros estados do sul e do oeste, assim como o incremento do fluxo comercial entre as distintas regiões alemãs, tornaram necessária a criação, em 1834, de uma união alfandegária (Zollverein), que englobava 18 estados, com 23 milhões de habitantes. O progresso econômico se acelerou com a construção da rede ferroviária, a partir de 1839, e com a industrialização das cidades renanas.

As revoluções liberais e nacionalistas de 1830 e 1848 fracassaram ante a dura oposição dos governos austríaco e prussiano, mas contribuíram para ampliar a consciência nacional. Finalmente, os grupos liberais, inclusive os socialistas, aceitaram o processo unificador empreendido pelo governo conservador da Prússia, encabeçado por Otto von Bismarck a partir de 1862. Após a criação da Confederação da Alemanha do Norte, as vitórias militares sobre a Áustria e a França resultaram na coroação de Guilherme I da Prússia como imperador do Segundo Reich (império) alemão, em janeiro de 1871. Pelo tratado de paz com a França, firmado em maio na cidade de Frankfurt, a Alemanha anexou a região da Alsácia-Lorena.

Segundo Reich e primeira guerra mundial.
governo de Bismarck, caracterizado pelo autoritarismo, coincidiu com o início de um importante período de desenvolvimento em todos os setores da economia alemã. A legislação social adotada por Bismarck conseguiu moderar os ímpetos revolucionários do crescente movimento operário, mas a tentativa de submeter a Igreja Católica mediante a Kulturkampf (luta pela cultura) fracassou frente à resistência passiva do clero. Em política externa, a grande preocupação de Bismarck foi evitar a formação de coalizões poderosas contra a Alemanha, para o que estabeleceu um complicado sistema de pactos e alianças secretas com a Rússia, a Áustria, a Itália e outros países.

A partir de 1890, a intervenção pessoal do Kaiser (imperador) Guilherme II na política alemã obrigou Bismarck a renunciar. O imperador promoveu a expansão de seu país na África e no Pacífico, o que contribuiu para criar uma crescente rivalidade entre a Alemanha e as demais potências imperialistas européias, especialmente o Reino Unido e a França.

a primeira década do século XX, a euforia nacionalista se expressou pela criação de sociedades que propugnavam a hegemonia da Alemanha na Europa e no mundo. A rivalidade entre as potências européias, manifestada nas crises do Marrocos (1905 e 1911) e nas guerras balcânicas de 1911 a 1913, determinou a consolidação das alianças militares que haveriam de confrontar-se na primeira guerra mundial: os impérios centrais da Alemanha e da Áustria, contra a tríplice entente formada pelo Reino Unido, a França e a Rússia.

O início da guerra provocou na Alemanha a união de todos os grupos políticos, incluídos os socialistas, no empreendimento comum da defesa nacional. Após as primeiras vitórias da ofensiva alemã, a partir de 1917, tornou-se evidente a fragilidade econômica e social do país. A entrada dos Estados Unidos na guerra apressou a derrota dos impérios centrais. Em novembro de 1918, o governo alemão pediu o armistício.

República de Weimar e Terceiro Reich.
m 1918, uma sucessão de revoltas operárias precipitou a abdicação de Guilherme II e o estabelecimento do regime republicano. No ano seguinte, após a repressão de novas sublevações populares, proclamou-se a constituição republicana na cidade de Weimar. Pelo Tratado de Versalhes, concluído em junho de 1919, os vencedores da guerra impuseram à Alemanha a perda de diversos territórios na Europa, além das colônias ultramarinas, e obrigaram o governo da nova república a pagar vultosas indenizações.

A crise econômica, agravada em 1929, favoreceu a instabilidade política e o fortalecimento dos grupos extremistas, especialmente o dos nacional-socialistas (nazistas), que denunciavam os acordos de Versalhes como uma "punhalada nas costas" da nação por parte do governo social-democrata. Adolf Hitler, líder do partido nazista, chegou ao poder em 1933 e desencadeou uma política ditatorial empenhada na reconstrução econômica, na perseguição aos judeus e na repressão a todos os grupos de oposição. A ocupação da Polônia, em 1939, deu início à segunda guerra mundial.

ntre 1939 e 1941, a Alemanha, aliada à Itália e ao Japão, ocupou grande parte da Europa, inclusive a França. A declaração de guerra à União Soviética, com a qual a Alemanha havia firmado em 1939 um pacto de não-agressão, determinou a dispersão das tropas e o enfraquecimento do exército alemão (Wehrmacht), pois persistia a luta na frente ocidental, contra o Reino Unido. A situação se agravou com a entrada dos Estados Unidos na guerra e os bombardeios aliados em território alemão. Em maio de 1945, a Alemanha se rendeu incondicionalmente.

Os acordos de Yalta e Potsdam fixaram as fronteiras da Alemanha entre o Reno, no oeste, e o Oder-Neisse, no leste, e determinaram a ocupação de seu território pelas potências vencedoras (Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética). A União Soviética apropriou-se do norte da Prússia oriental, enquanto a Polônia anexava, entre outras, as regiões da Silésia e de Danzig, atual Gdansk. O bloqueio de Berlim pelas autoridades soviéticas, entre junho de 1948 e maio de 1949, constituiu o apogeu da guerra fria entre o bloco ocidental e o socialista, cuja conseqüência imediata foi o estabelecimento das duas repúblicas alemãs: a República Federal da Alemanha (RFA), na parte ocupada pelos Estados Unidos, o Reino Unido e a França, e a República Democrática Alemã (RDA), na parte soviética.

República Democrática Alemã.
o início de 1945, as tropas soviéticas entraram no setor oriental da Alemanha. Após a queda do governo nazista, a União Soviética criou uma administração militar encarregada de receber o pagamento das indenizações de guerra e iniciar a construção de um estado socialista na Alemanha oriental.

Durante um congresso realizado em março de 1948 pelo Partido Socialista Unificado da Alemanha (comunista), estabeleceu-se o Volksrat (conselho do povo), que elaborou a constituição da República Democrática Alemã, aprovada em 1949. Em outubro de 1950, o novo estado foi admitido no Comecon (Conselho de Assistência Mútua), integrado pela União Soviética e por seus aliados europeus. O governo de Walter Ulbricht e Otto Grotewohl empreendeu um programa econômico baseado na planificação, reformulado depois das insurreições populares de 1953.

Para fortalecer os limites entre seus territórios e o da Alemanha ocidental, a RDA postou um cordão policial ao longo de toda a fronteira. Dessa forma, Berlim se tornou o ponto de fuga mais vulnerável para as pessoas inconformadas com o regime socialista. A fim de evitar a evasão de dissidentes, a Volkskammer (câmara do povo) decidiu em 1958 bloquear a saída para Berlim ocidental com uma cerca de arame que em 1961 foi substituída por um muro de concreto (o muro de Berlim).

urante a década de 1960, teve início a recuperação econômica do país, que começava a receber o reconhecimento internacional de sua soberania. Em outubro de 1971, a RDA solicitou o ingresso na Organização das Nações Unidas, alegando que sua admissão poderia ajudar a resolver os problemas enfrentados pelas duas Alemanhas. No mesmo ano, Erich Honecker assumiu o cargo de primeiro-secretário do partido governante e em 1972 os dois estados firmaram um tratado de reconhecimento mútuo. Em 1973, as duas Alemanhas entraram para as Nações Unidas e em 1974 trocaram embaixadores. Em 1989, protestos populares e a crescente fuga de pessoas para o lado ocidental causaram a queda de Honecker. Egon Krenz assumiu os cargos de secretário-geral do partido e de presidente da república e ordenou a formação de um governo, encabeçado por Hans Modrow, que incluiu não-comunistas. Krenz renunciou em dezembro e um político não comunista, Manfred Gerlach, do Partido Liberal Democrático, assumiu a presidência.

Em 18 de fevereiro de 1990, realizaram-se as primeiras eleições livres na história da RDA, vencidas pelos conservadores. Lothar de Maiziere, democrata-cristão, encabeçou um governo de coalizão e acelerou as negociações pela reunificação da Alemanha, as quais se iniciaram em julho. Em 3 de outubro de 1990, a RDA deixou de existir para integrar, com a República Federal da Alemanha, um único país.

República Federal da Alemanha.
a zona ocidental da Alemanha, ocupada por forças americanas, inglesas e francesas, os vencedores se dedicaram em primeiro lugar a extinguir o que restara do nacional-socialismo. Um tribunal especial julgou os principais chefes nazistas, alguns dos quais foram condenados à morte. A indústria bélica foi desmantelada e milhões de alemães, repatriados: da Prússia oriental, ocupada pela União Soviética; da Silésia, da Pomerânia e de outras regiões anexadas pela Polônia; dos Sudetos (Tchecoslováquia) e da Alemanha oriental.

A atitude dos aliados em relação aos inimigos se modificou em 1948, quando se deu o primeiro confronto entre soviéticos, de um lado, e americanos, ingleses e franceses, de outro. Esse conflito precedeu o bloqueio soviético contra a zona aliada de Berlim, que consistiu na interrupção do fornecimento de energia e alimentos. A situação foi resolvida pelos aliados mediante a criação de uma ponte aérea, que possibilitou o abastecimento da população e das tropas de ocupação. Dessa forma, o conflito entre o leste e o oeste provocou a divisão da Alemanha em duas zonas, situação que favoreceu o nascimento das duas repúblicas alemãs.

Alta Comissão Aliada concedeu poderes a um conselho constituinte para convocar eleições nas três zonas de ocupação dos exércitos americano, britânico e francês, que passariam a integrar a República Federal da Alemanha, proclamada em 23 de maio de 1949. Realizadas as eleições, a presidência da república foi ocupada por Theodor Heuss, que, reeleito em 1954, permaneceria no cargo até 1959. A chefia do estado seria posteriormente exercida por Heinrich Lübke (1959-1969), Gustav Heinemann (1969-1974), Walter Scheel (1974-1979), Karl Carstens (1979-1984) e Richard von Weiszäcker.

Durante os primeiros 14 anos do regime, o cargo de chanceler da república, ou chefe do governo, foi ocupado por Konrad Adenauer, considerado o inspirador do já mencionado "milagre alemão". Esse extraordinário impulso resultou de muitos fatores, entre os quais se podem destacar a renovação da maior parte da infra-estrutura econômica e industrial do país, a ajuda trazida pelo Plano Marshall e por outros créditos americanos e a correta política econômica e social do governo.

aliança com os Estados Unidos, país com o qual os sucessivos governos sempre mantiveram fortes vínculos, especialmente sólidos durante o período de Adenauer, favoreceu o acesso da RFA aos organismos internacionais, nos quais foi progressivamente consolidando sua posição e seu prestígio. Ludwig Erhard, Kurt Georg Kiesinger, Willy Brandt, Helmut Schmidt e Helmut Kohl foram os sucessores de Adenauer no cargo de chanceler da República Federal da Alemanha.

Em novembro de 1989, ante os acontecimentos que se desenrolavam na RDA, Kohl propôs um plano de reunificação. Em fevereiro de 1990, as duas Alemanhas iniciaram as negociações "dois mais quatro" com as potências vencedoras da segunda guerra mundial. A fusão ocorreu em 3 de outubro. O processo, no entanto, teve um alto custo econômico, que gerou inflação e recessão. Um dos problemas sociais provocados pela reunificação foi a necessidade de estender a toda a população o bem-estar alcançado pelos habitantes do lado ocidental.

Instituições políticas
singular estrutura política da atual República Federal da Alemanha tem origem na Lei Fundamental de Bonn, promulgada em 1949 por um conselho parlamentar constituído por 65 representantes dos Länder. Nela se estabeleceu a divisão do território em dez Länder autônomos, cada um dos quais regido por leis ditadas por seu próprio Parlamento regional. A proposta de tornar Berlim ocidental um Land foi recusada pelas autoridades da ocupação. Em 1990, os 15 distritos da RDA foram redefinidos como cinco novos Länder integrados à RFA. Berlim tornou-se também um Land autônomo que reúne os antigos setores ocidental e oriental da cidade.

O traço que melhor caracteriza a estrutura administrativa da república é a grande descentralização, derivada da divisão territorial em Länder: cada um dos estados tem um Parlamento e um governo, cujo raio de ação se limita a seu próprio território e cujo único vínculo com o governo federal são os membros do Bundesrat (câmara alta), designados pelo governo estadual.

mais alto cargo da federação é a presidência da república, cujo titular, além de representante supremo da nação, atua como moderador entre os diferentes poderes. De cinco em cinco anos, uma assembléia especial escolhe o presidente, que só pode ser reeleito uma vez.

O Parlamento consta de duas assembléias: o Bundestag (câmara baixa), cujos membros são eleitos por sufrágio universal a cada quatro anos, e o Bundesrat, formado por um número variável (proporcional à população) de membros dos governos de cada um dos estados autônomos. A missão dessa câmara é sancionar ou rejeitar as leis previamente aprovadas pelo Bundestag. Contudo, às vezes se recorre à mediação de uma comissão paritária que permite agilizar os processos legislativos. A câmara baixa ratifica o candidato a chanceler (primeiro-ministro), o qual, designado pelo presidente da república, propõe os membros do gabinete ministerial.

Sociedade
unificação das duas Alemanhas em 1990 trouxe problemas importantes na esfera social, especialmente quanto à adaptação e à modernização dos serviços proporcionados pelo antigo estado alemão oriental. O mesmo ocorreu com os diferentes legislativos, sobretudo em relação a questões de grande interesse para a população, como a lei de interrupção voluntária da gravidez, que era mais permissiva na Alemanha oriental. Ao longo de 1991, o custo da reunificação foi coberto com um aumento dos impostos na zona ocidental do país, com o fim de recolher fundos suficientes para acelerar o desenvolvimento do leste e aliviar as conseqüências do desemprego. A integração da zona oriental do país significou também um aumento da mão-de-obra alemã oriental disponível para as poderosas indústrias do lado ocidental, o que provocou restrições maiores na admissão de imigrantes e refugiados políticos de outras nacionalidades.

Como uma das principais potências econômicas do mundo, a Alemanha apresenta altos níveis de qualidade de vida, consumo e benefícios sociais. O sistema previdenciário é muito avançado. O estado dirige a assistência médica e hospitalar, de alta qualidade, e paga pensões e auxílios a aposentados, vítimas de acidentes de trabalho, viúvas, mutilados de guerra, órfãos etc.

descentralização institucional se manifesta de modo especial no sistema de ensino. Cada um dos Länder autônomos adota seu próprio método educativo, embora exista uma orientação geral à qual se devem adequar os programas de todos os Länder. Os ciclos de ensino superior podem ser cursados em qualquer das universidades, centros politécnicos ou escolas superiores que existem no país. Em muitos desses centros há cursos altamente especializados, que suprem a necessidade de pessoal qualificado que o desenvolvimento industrial do país requer. Os modernos centros educativos, nos quais a pesquisa científica e a tecnologia industrial são objeto de tratamento atualizado e rigoroso, coexistem com algumas das grandes instituições docentes nas quais nasceu e se desenvolveu a cultura germânica. É o caso das universidades de Heidelberg, fundada em 1836; Göttingen, que data de 1737; Leipzig, Jena, Berlim e da politécnica de Dresden.

Cultura
s governos dos dois estados alemães surgidos depois da segunda guerra mundial, assim como o governo unificado instaurado em 1990, protegeram a herança cultural alemã e estimularam a atividade de seus intelectuais e artistas. Após o colapso acarretado pelo advento do nazismo e pela segunda guerra mundial, a cultura alemã ressurgiu com novo ímpeto e ultrapassou em muitos casos as fronteiras políticas que delimitavam o mundo de língua germânica.

No campo da literatura destacaram-se os romancistas Heinrich Böll, Günther Grass e Martin Walser, renovadores da narrativa alemã; o poeta Paul Celan, os dramaturgos Peter Weiss e Siegfried Lenz e o ensaísta Hans Magnus Enzensberger. Na Alemanha oriental foram importantes Bertolt Brecht, poeta, dramaturgo e romancista, Anna Seghers e Arnold Zweig.

Mereceram citação especial no universo cultural as atividades musicais de toda índole. A tradição alemã de grandes intérpretes e compositores se manteve durante a segunda metade do século XX com figuras como Carl Orff, Hans Werner Henze e Gottfried von Einem, dedicados à música sinfônica, ou Karlheinz Stockhausen, introdutor da música eletrônica. As orquestras conservaram o prestígio de que sempre gozaram, especialmente a Filarmônica de Berlim, a Sinfônica de Bamberg ou a orquestra de câmara de Stuttgart. Entre os regentes de orquestra do século XX salientaram-se figuras como Wilhelm Furtwängler e Herbert von Karajan.

BIBLIOGRAFIA
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda - 1999.

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* * * Acontecimentos, na Alemanha, na época da * * *

* * * Família SCHUINDT/SCHWINN * * *
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Monarquia de Habsburgo

A Monarquia de Habsburgo incluía os territórios governados pelo ramo austríaco da Casa de Habsburgo e depois pela Casa sucessora de Habsburgo-Lorena, entre 1745 e 1867/1918. A capital era Viena. A monarquia, de 1804 a 1867, geralmente refere-se ao Império Austríaco e de 1867 a 1918 ao Império Austro-Húngaro.

A monarquia desenvolveu-se das Terras Hereditárias de Habsburgo (a maioria delas localizadas nos territórios das atuais Áustria e Eslovênia), que os Habsburgos possuíam desde 1278. A Monarquia de Habsburgo aumentou em importância na Europa em 1526, quando o arquiduque Fernando da Áustria, o irmão mais novo do Sacro Imperador Romano-Germânico Carlos V, foi eleito Rei da Boêmia e Hungria após a morte de Luís II, o rei daqueles dois países, na batalha contra os turcos em Mohács. A partir dali, a Monarquia cresceu a ponto de chegar, por vezes, a governar mais da metade do território da Europa.

Terminologia
Nomes do território que (com algumas exceções) finalmente tornou-se Áustria-Hungria:
• Monarquia de Habsburgo ou Monarquia austríaca (1526 – 1867) : Este foi um nome não oficial, porém muito freqüente - mesmo naquele tempo. A entidade não possuía um nome oficial.
• Império Austríaco (1804 – 1867): Este foi o nome oficial. • Áustria-Hungria ou Império Austro-Húngaro (1867 – 1918): Este foi o nome oficial. Um nome popular não oficial foi Monarquia do Danúbio (em alemão: Donaumonarchie).
• As terras da coroa (em alemão: Kronländer) (1849 – 1918): Este é o nome de todas as partes individuais do Império Austríaco (a partir de 1849) e depois da Áustria-Hungria. O Reino da Hungria (mais precisamente as Terras da coroa da Hungria) não foram consideradas "terras da coroa", nem mesmo após a criação da Áustria-Hungria em 1867.

Nomes de alguns territórios menores:
• terras austríacas (? – 1918): Este foi o nome não oficial de parte da monarquia austríaca que acabou constituindo a atual Áustria (exceto a Burgenland e a maioria das vezes também Salzburgo).
• Terras Hereditárias (em alemão: Erblande ou Erbländer) ou Terras Hereditárias Alemãs (na monarquia austríaca) ou Terras Hereditárias Austríacas (Idade Média – 1849/1918): No sentido mais aproximado estes foram os "originais" territórios austríacos de Habsburgo, isto é, basicamente as terras austríacas e a Carniola
(não a Galícia, territórios italianos ou os Países Baixos do Sul). No sentido amplo os Países Checos estavam também incluídos nas Terras Hereditárias. O termo foi substituído por "terras da coroa" (veja acima) na Constituição de Março de 1849, mas ela foi também usada depois disso.

Territórios
Apesar do domínio territorial exercido pelo ramo Habsburgo tenha sofrido variações com o passar dos anos, o seu território sempre foi constituído por quatro blocos principais:

I. As Terras Hereditárias, que abrangiam a maior parte do território da atual Áustria e Eslovênia, bem como os territórios a nordeste da Itália e (antes de 1797) o sudoeste da Alemanha. A estes foram adicionados em 1779 o Inn Quarter da Baviera; e em 1803 os Bispados de Trento e Bressanone. As Guerras Napoleônicas causaram descontinuidade onde muitas partes das terras Hereditárias foram perdidas, mas todas essas, juntamente com o antigo Arcebispado de Salzburgo, que havia sido anteriormente temporariamente anexado entre 1805 e 1809, foram recuperados pelo tratado de paz de 1815. As províncias Hereditárias incluíam:
1. Alta Áustria
2. Baixa Áustria
3. Styria
4. Carinthia
5. Carniola
6. Fronteira Militar
7. O porto adriático de Trieste
8. Ístria (embora a maior parte da Ístria fosse território da República de Veneza até 1797)
9. Gorizia–Gradisca Estas terras de (3 a 8) eram freqüentemente agrupadas e denominadas de Áustria Interna
10. O Tirol (apesar dos Bispados de Trento e Bressanone dominarem o que se tornaria o Tirol Meridional antes de 1803)
11. Vorarlberg (atualmente uma união de províncias, apenas constituída no século XIX)
12. As Vorlande, um grupo de territórios no sudoeste da Alemanha perdido em 1797 (embora os territórios da Alsácia que formavam uma parte delas terem sido perdidos em 1648) Vorarlberg e as Vorlande eram freqüentemente agrupadas e denominadas de Áustria Anterior e a maior parte das vezes governada juntamente com o Tirol.
13. Salzburgo (somente após 1805)

II. Os Países Checos — inicialmente eram constituídos de quatro províncias: Boêmia, Morávia, Silésia e Lusácia. A Lusácia foi cedida à Saxônia em 1620, enquanto que a maior parte da Silésia foi conquistada pela Prússia em 1740–1742.

III. O Reino da Hungria — antes de 1699, o Reino da Hungria, chamado Hungria Real naquele tempo, perdeu cerca de dois terços de seu território para o Império Otomano e seus vassalos, os Príncipes da Transilvânia, enquanto que os Habsburgos ficaram restritos aos limites ocidental e norte do antigo reinado, mas depois daquela data quase que todo o antigo reinado retornou para o domínio austríaco, com o restante sendo conquistado em 1718. O Reino da Hungria, em sua maior extensão, incluía a atual Hungria e a Eslováquia, a maior parte da Croácia, a Vojvodina no que é hoje a Sérvia, Transilvânia no que é hoje a Romênia e a Rutênia subcarpática, uma pequena região trans-Cárpatos na atual Ucrânia.
Entre 1718 e 1739, vários outros territórios dos Bálcãs, incluindo a área em torno de Belgrado e a parte ocidental da Valáquia, foram também anexadas, mas foram perdidas a seguir na fracassada guerra contra a Turquia em 1739. Muitas áreas fronteiriças ao Império Otomano separaram-se da administração húngara e formaram a Fronteira Militar, que era governada diretamente por Viena.

IV. O Reino da Croácia inicialmente era constituído de quatro regiões: Croácia, Eslavônia, Dalmácia e Bósnia. O Parlamento da Croácia elegeu Fernando I, como Rei da Croácia em 1 de janeiro de 1527. O Reino da Croácia permaneceu dentro da Monarquia de Habsburgo até que o Parlamento croata (Sabor) declarou sua independência em 29 de outubro de 1918. Depois do Compromisso Croata-Húngaro em 1868, o nome oficial para Reino da Croácia foi O Reino Triunido da Croácia, Eslavônia e Dalmácia.
1. A Croácia Central: No século XVI, depois que a Eslavônia e a Bósnia passaram para o domínio do Império Otomano e a Dalmácia para o da República de Veneza, a Croácia Central era chamada de a Remanescente das remanescentes do que uma vez foi o grande Reino da Croácia (latim: Reliquiæ reliquiarum olim inclyti Regni Croatiæ).
2. Eslavônia: No século XVI caiu em poder do Império Otomano; depois de libertada, retornou à administração civil da Croácia em 1718.
3. Dalmácia: Entre 1409 e 1420, a República de Veneza ocupou a maior parte da Dalmácia, que permaneceu sob o governo da República de Veneza até ela ser dissolvida em 1797. Embora a Dalmácia tenha sido tomada pelo Império Austríaco em 1815, ele recusou-se a devolver a Dalmácia para a administração civil da Croácia, mesmo indo contra à vontade do Parlamento da Croácia.
4. Bósnia: Em 1377, o independente Reino da Bósnia separou-se do Reino da Croácia e ficou a ser governado por Tvrtko I da Bósnia, mas foi conquistado pelo Império Otomano em 1463, enquanto que os reis croato–húngaros permaneceram reivindicando a Bósnia (também chamada de Croácia turca) pelo Reino da Croácia. A Bósnia permaneceu sob o domínio otomano até 1878, quando foi conquistada pela Áustria-Hungria, mas nunca retornou à Croácia, apesar dos constantes pedidos do Parlamento da Croácia.
o A Fronteira Militar da Croácia e da Eslavônia (Vojna Krajina), que foi uma zona temporária ao longo da fronteira com o Império Otomano formado no século XVI e administrado diretamente pelas autoridades militares da Monarquia de Habsburgo, não pelo Sabor croata, nem pelo Ban. Ela retornou à administração civil da Croácia em 1881.

Ao longo do curso de sua história, outras terras estiveram, por vezes, sob o governo dos Habsburgos austríacos:
1. Os Países Baixos do Sul, consistiam da maior parte do território das atuais Bélgica e Luxemburgo (1713–1792)
2. O Ducado de Milão, na Lombardia (1713–1797)
3. O Reino de Nápoles (1713–1735)
4. O Reino da Sardenha (1713–1720)
5. O Banato de Temeswar (1718–1778)
6. A Sérvia (1718–1739)
7. A Bósnia (1718–1739)
8. A Oltenia (1718–1737)
9. O Reino da Sicília (1720–1735)
10. O Ducado de Parma (1735–1748)
11. O Reino da Galícia e Lodomeria, nas atuais Polônia e Ucrânia (1772–1918)
12. A Bucovina (1774–1918)
13. A "Nowa Galicja", as terras da Polônia, incluindo Cracóvia, adquirida por intermédio da terceira partição da Polônia (1795–1809)
14. A Veneza (1797–1805, 1814–1866)
15. A Dalmácia (1797–1805, 1814–1918)
16. A Lombardia (1814–1859)
17. A Cracóvia, que foi incorporada à Galícia (1846–1918)
18. A Voivodia da Sérvia e Banato de Tamiš (1849–1860)
19. A Bósnia e Herzegovina (1908–1918)

Os Habsburgos austríacos também mantiveram o título de Imperador do Sacro Império Romano-Germânico entre 1556 e 1740, e novamente de 1745 a 1806.



Características
A Bandeira da Monarquia de Habsburgo


As várias propriedades dos Habsburgos nunca na verdade formaram um país único - cada província era governada de acordo com seus costumes locais. Até o meio do século XVII, todas as províncias não eram necessariamente governadas pela mesma pessoa - membros mais novos de uma família geralmente governavam partes das Terras Hereditárias como apanágios particulares. Sérias tentativas de centralização começaram no reinado de Maria Teresa e especialmente no de seu filho José II na segunda metade do século XVIII, mas muitas delas foram abandonadas após as tentativas de reformas mais radicais de José, embora uma política mais cautelosa de centralização tenha continuado durante o período revolucionário e no longo período metternichiano que se seguiu.

A maior tentativa de centralização ocorreu em 1849 depois da supressão de várias revoluções em 1848. Pela primeira vez, ministros tentaram transformar a monarquia em um Estado burocrático centralizado governado a partir de Viena. O Reino da Hungria, em particular, deixou de existir como uma entidade separada, sendo dividido em uma série de distritos. Depois das derrotas dos Habsburgos nas Guerras de 1859 e 1866, esta política foi abandonada e após vários anos de experimentações no início da década de 1860, o famoso Compromisso austro-húngaro, ou Ausgleich, de 1867 resultou no que foi chamado de Monarquia Dual da Áustria-Hungria.

Neste sistema, ao Reino da Hungria foi dado soberania e um parlamento, com apenas uma união pessoal e uma junta política estrangeira e militar conectando-o a outras terras dos Habsburgos. Apesar das terras dos Habsburgos não húngaras, geralmente, mas erroneamente, serem chamadas de "Áustria", receberam seu próprio parlamento central (o Reichsrat, ou Conselho Imperial) e ministros, como seu nome oficial - os Reinos e Terras Representadas no Conselho Imperial - mostram que eles mantiveram-se algo menos que um genuíno Estado unitário. Quando a Bósnia-Herzegovina foram anexadas (depois de um longo período de ocupação e administração), elas não foram incorporadas nem pela metade da monarquia. Ao invés disso, elas foram governadas por uma junta do ministério das finanças.

A Áustria-Hungria ruiu sob o peso de vários problemas étnicos não resolvidos, que resultou em sua derrota na Primeira Guerra Mundial. No acordo de paz que se seguiu, importantes territórios foram cedidos à Romênia e à Itália, novas repúblicas da Áustria (os territórios germano-austríacos das terras Hereditárias) e Hungria (o núcleo Magiar do antigo império) foram criadas e os territórios que remanescentes da monarquia foram divididos entre os novos Estados da Polônia, Reino da Sérvia, Croácia e Eslovênia (mais tarde Iugoslávia) e Tchecoslováquia.

Territórios dos Habsburgos fora da Monarquia de Habsburgo
A Monarquia de Habsburgo não deve ser confundida com vários outros territórios governados em diferentes tempos por membros da dinastia Habsburgo. O ramo espanhol dos Habsburgos governou a Espanha e vários outros territórios de 1516 até ele ser extinto em 1700. Um ramo menor governou a Toscana entre 1765 e 1801, e novamente de 1814 a 1859. Enquanto esteve exilada da Toscana, este ramo governou Salzburgo de 1803 a 1805, e em Würzburg de 1805 a 1814. Um outro ramo governou as Vörlande de 1803 a 1805, e Módena de 1814 a 1859, enquanto que a Imperatriz Maria Luísa, segunda esposa de Napoleão e filha do Imperador Francisco da Áustria, governou o Ducado de Parma entre 1814 e 1847.

Governantes da Monarquia de Habsburgo, 1526-1918
Habsburgo
• Fernando I 1520-1564
• Maximiliano II 1564-1576
• Rodolfo II 1576-1612
• Matias 1612-1619
• Fernando II 1619-1637
• Fernando III 1637-1657
• Leopoldo I 1657-1705
• José I 1705-1711
• Carlos VI 1711-1740
• Maria Teresa 1740-1780
Habsburgo-Lorena
• José II 1780-1790
• Leopoldo II 1790-1792
• Francisco II 1792-1835 (tornou-se Imperador Francisco I da Áustria em 1804, a partir daqui a numeração recomeçou)
• Fernando I 1835-1848
• Francisco José I 1848-1916
• Carlos I 1916-1918

José II, Sacro Imperador Romano-Germânico


José II (Viena, 13 de Março de 1741 - 20 de Fevereiro de 1790) foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico entre 1765 e 1790.
Deteve ainda os títulos de rei da Boémia e da Hungria e de Arquiduque da Áustria (1780-1790). Filho mais velho de Francisco I e de Maria Teresa. A sua acção governativa valeu-lhe o título de "déspota esclarecido". Foi amigo dos Enciclopedistas e dos Fisiocratas.

Em 1760 casou com Isabel de Parma que faleceu três anos depois. A sua mãe obriga-o a casar com Maria Josefa da Baviera, que morre em 1767, sem dar um filho a José.
Com a morte do pai, em 1765, recebe o título de Imperador, mas só exerce plenamente o poder depois da morte de sua mãe em 1780, tendo praticado com ela a co-regência. Durante o período da co-regência dedica-se a viajar pelos estados austríacos e pelo estrangeiro.

Entre as primeiras reformas que empreendeu encontra-se a centralização administrativa do Império através da supressão dos órgãos colegiais e da criação de uma chancelaria com vastos poderes.
Na economia, José II praticou políticas próximas do colbertismo. Procedeu-se a uma cadastro das terras, construiu-se uma rede de estradas e fomentaram-se as indústrias, sobretudo na Boémia.

Através do Édito de Tolerância de 1781 concedeu a liberdade de culto a todos os cristãos, embora os protestantes não obtivessem todos os direitos. Os judeus deixaram de ser obrigados de trazer sinais distintivos nas roupas e puderam frequentar as universidades.

Apesar de muito apegado ao catolicismo, não hesita em colocar a Igreja sob sua autoridade, exercendo uma política religiosa autónoma de Roma que ficou conhecida por "josefismo". Suprimiu as ordens contemplativas e vendeu os bens destas em proveito das obras assistenciais (1781), fez com que os clérigos seculares se tornassem funcionários civis e instituiu seminários estatais. Limita o culto das relíquias, os feriados e as peregrinações.

Na área social, José II aboliu a servidão (Novembro de 1781) e a tortura (1785). Fundou novos hospitais, asilos e orfanatos. A educação passou a ser encarada como responsabilidade do Estado, tendo sido decretado em 1773 o ensino primário obrigatório.

No campo da diplomacia fez uma aliança com Catarina II da Rússia contra os Turcos, mas José fracassou nos intentos de os derrotar.
O alemão tornou-se língua obrigatória no Império em 1784.

As suas reformas viriam a provocar descontentamento entre os nobres da Hungria e entre o clero, pelo que José teve que recuar em alguns aspectos. A orientação centralizadora que imprimiu ao Estado provocou a revolta dos Países Baixos. O seu sucessor, o seu irmão Leopoldo II, viria mesmo a abandonar muitas dessas reformas.

Precedido por Francisco I, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, 1765 — 1790
Sucedido por Leopoldo II

Leopoldo II, Sacro Imperador Romano-Germânico


Leopoldo II de Habsburgo-Lorena
Leopoldo II de Habsburgo-Lorena Zin (nasceu Pedro Leopoldo José) (Viena, 5 de Maio de 1747 - Viena, 1 de Março de 1792), Grão-Duque da Toscana, Imperador do Sacro Império Romano Germânico e rei da Hungria e da Boêmia. Era filho de Francisco I e de Maria Teresa da Áustria. Sucedeu a seu irmão, José II.

Durante seu breve reinado, conseguiu sufocar rebeliões nos territórios húngaros e belgas, firmou a Paz de Sistova em 1791 acordado com os turcos e fez um acordo com Frederico Guilherme II da Prússia, numa aliança contra os franceses revolucionários, dado que a rainha Maria Antonieta era sua irmã. Casou-se com Maria Luísa da Espanha, filha de Carlos III de Espanha.

Descendência
De seu matrimônio com Maria Luísa de Espanha (1745), tiveram 16 filhos, dos quais 14 chegaram a nascer vivos e à vida adulta.
• Maria Teresa (1767 - 1827). Arquiduquesa da Áustria. Casada com Antônio, Rei da Saxônia.
• Francisco (1768 – 1835), chegaria a ser Imperador da Áustria.
• Fernando (1769 – 1824). Arquiduque da Áustria e Grão-Duque da Toscana.
• Carlos (1771 – 1847). Arquiduque da Áustria e Duque de Teschen (1822 - 1847).
• Alberto (1773 - 1774)
• Maximiliano (1774 - 1778)
• José (1776 – 1847). Arquiduque da Áustria.
• Maria Clementina (1777 – 1801). Arquiduquesa da Áustria, contraiu matrimônio com Francisco I, Rei das Duas Sicílias.
• Antonio Victor (1779 - 1835). Arquiduque da Áustria, brevemente Arcebispo-Eleitor de Colônia e depois Grande Mestre da Ordem Teutônica
• Maria Amália (1780 - 1798). Arquiduquesa da Áustria.
• João (1782 – 1859). Arquiduque da Áustria
• Rainier (1783 – 1853). Arquiduque da Áustria e Vice-Rei da Lombardia-Veneza (1818 - 1853). Casado com Isabel de Sabóia-Carignano.
• Luís (1784 - 1864). Arquiduque da Áustria.
• Rodolfo (1788 – 1831). Arquiduque da Áustria, Cardeal-Arcebispo de Olomouc, protetor de Schüler e Beethoven.
• Alexandre Leopoldo

Foi sucedido por seu filho Francisco II, o último imperador do Sacro Império Romano Germânico e o primeiro da Áustria, (Francisco I).
• Prússia
• Papas
• Império Austro-Húngaro

Precedido por José II Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, 1790 — 1792

Sucedido por Francisco II, Francisco I da Áustria

Coroação do imperador Francisco I da Áustria


Francisco I da Áustria (ou Francisco II do Sacro Império - em alemão Franz) (1768-1835) foi o último imperador do Sacro Império Romano-Germânico, desintegrado em 1806, em conseqüência das derrotas austríacas nas Guerras Napoleônicas.

Era filho primogênito de Leopoldo II (1747-1792) imperador de 1790 a 1792, e de Maria Luísa de Bourbon (1745-1792), infanta da Espanha, filha do rei Carlos III de Espanha (1716-1788) e da Rainha Maria Amália da Saxônia (1724-1760); neto paterno da imperatriz Maria Teresa de Habsburgo (1717-1780) chamada Maria Teresa, a Grande, e de seu marido Francisco Estêvão da Lorena (1708-1765) imperador do Sacro Império de 1745 a 1765.

Francisco II Nasceu em Florença em 1758, e foi coroado imperador da Áustria em 1792: em 1806, quando Napoleão pôs termo ao Sacro Império Romano Grmânico, passou a ser Francisco I da Áustria. Apesar de sogro de Napoleão, pois com ele aceitou casar sua filha Maria Luísa, aliou-se à Inglaterra e à Rússia contra Napoleão. Unidos, derrotaram Napoleão em 1814 e, após o Congresso de Viena (1815), Francisco recobrou grande parte dos territórios perdidos.

Casamentos e posteridade
Casou-se quatro vezes.
• 1º Casamento - 6 de Janeiro de 1788, com Isabel Guilhermina Luísa de Württemberg (21 de Abril de 1767 – 18 de Fevereiro de 1790), da qual teve uma filha
o Ludovica (1790-1791), cedo morta.
• 2º Casamento - 5 de Agosto de 1790, com a prima Maria Teresa da Sicília ou do Reino das Duas Sicílias (6 de Junho de 1772 – 13 de Abril de 1807), filha do rei Fernando I das Duas Sicílias e sua prima (ambos netos da imperatriz Maria Teresa), da qual teve 12 filhos.
Apenas sete chegaram a adultos:
o Maria Luisa de Áustria, nascida em Viena em 1797 e morta em Parma 1847; esposa de Napoleão Bonaparte em 1810, depois do conde Alberto von Neipperg e em 1834 do conde Carlos Renato de Bombelles.
o Fernando I da Áustria, seu sucessor, nascido em 1793, imperador da Áustria de 1835 a 1848, que não teve filhos de Maria Ana da Sardenha e abdicou em nome do sobrinho Francisco José I.
o Maria Leopoldina, que se casou com Pedro I do Brasil.
o Maria Clementina (1798-1881), casada em 1816 com o tio Príncipe Leopoldo de Salerno ou das Duas Sicilias (filho do rei Fernando I das Duas Sicílias).
o Maria Carolina (1801-1832), que se casou em 1819 com o rei Frederico Augusto II de Saxe-Coburgo", o belo Fritz".
o Francisco Carlos (1802-1878), casado com Sofia da Baviera, cujo filho se tornaria Francisco José I da Áustria.
o Maria Ana (1804-1858) que nunca se casou.
• 3º Casamento - em 6 de Janeiro de 1808, casou com a prima Maria Ludovica d´Este ou de Áustria-Este (14 de Dezembro de 1787 – 7 de Abril de 1816)
o sem descendência.
• 4º Casamento - em 29 de Outubro de 1816, casou com Carolina Carlota Augusta da Baviera (8 de Fevereiro de 1792 – 9 de Fevereiro de 1873)
o sem descendência.

Origem da informação: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha#cite_note-11
REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA
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Pensamento ...
"Se nós não sabemos para onde vamos, devemos pelo menos tentar entender de onde viemos para adivinhar em que situação estamos." (Jules Romains)

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